Dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dão conta de que dos 135,8 milhões de eleitores em 2010, 8 milhões são analfabetos e 19 milhões lêem e escrevem mas nunca freqüentaram uma escola, números que somados totalizam 27 milhões de eleitores analfabetos ou que só lêem e escrevem.Dados que corresponde a 1 em cada cinco eleitores no país.
A variação em relação aos números das eleições de 2002 e 2006 é pequena, no entanto, evidencia uma reação positiva da educação no Brasil. Em relação aos dados de 2006, o número de analfabetos diminuiu em 270 mil e o número de pessoas que sabem ler e escrever sem nunca terem freqüentado uma escola teve um decréscimo de pouco mais de 1,5 milhão. Em 2002, 26,9% dos eleitores eram analfabetos ou não sabiam ler já em 2010, essa porcentagem caiu para 20,5.
No Tocantins, de 20,1 à 30% dos eleitores nunca freqüentaram uma escola, situação parecida com a maioria dos estados da região norte. Já o programa Bolsa Família atinge cerca de 35% das famílias tocantinenses.
A região nordeste é a que tem o maior índice de analfabetismo no Brasil. Mais de 35% da população enquadram-se no grupo dos analfabetos ou que nunca freqüentaram uma escola, dado que reflete também as diferenças econômicas no país. Na região sudeste, esse número cai para 12%.
Entretanto, os dados podem variar, uma vez que são fornecidos pelos próprios eleitores no momento que eles tiram o título e atualizados apenas quando solicitado pelos votantes ou quando há revisão de cadastro.
Escolaridade do eleitor
De acordo com o TSE, a escolaridade dos eleitores estão dividas em 8 categorias. Dessas, a maior porcentagem é de 33,1% que c
orresponde aos eleitores que possuem o 1º grau incompleto. Os votantes que possuem o ensino superior completo correspondem à 3,8% dessa massa. 0,11% dos eleitores não informaram a escolaridade.
Voto
Segundo matéria publicada na Folha.com com o cientista político Fábio Wanderley Reis, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o voto dos eleitores menos instruídos, tende a “ter menos ideologia e mais personalismo”, caracterizas que não valorizam as propostas do candidato. Segundo ele, o que também tem grande influência no momento do voto para essas pessoas, são os programas sociais de aumento de renda dos mais pobres.
Candidatos
Os candidatos são obrigados pela Justiça Eleitoral à saber ler e escrever, ainda assim analfabetismo não é exclusividade dos eleitores já que cinco candidatos declararam ao TSE serem analfabetos. Esses candidatos são chamados ao TSE para fazerem uma declaração de próprio punho afirmando que sabem ler e escrever.
Públicado também no site Mobiliza Tocantins no dia 22 de julho de 2010.http://www.mobilizatocantins.com.br/?p=475