sexta-feira, 30 de maio de 2008

Esse tal de tempo

A vida nasce e no desenrolar da infância o tempo é algo lento. Algo que nos afasta da autonomia e do poder de opinião e decisão dos adultos sobre suas próprias vidas.

A idade sonhada (18 anos), transfere “personalidade” à pessoa ante as perspectivas previstas pela mente infantil e, até mesmo, infanto-juvenil.

O jovem enxerga a maioridade civil e penal como a abertura de uma porta. Ao se passar por essa porta ele acredita que adquirirá, de certa forma, a permissão para ter poder: o poder de dominar máquinas (automóveis e ciclos motorizados), com a devida legalidade, visto que a grande maioria já o faz antes desse período; o poder de optar pelo curso do sonho e gerenciar sua vida estudantil, sendo assim o fiscal do próprio boletim; o poder de buscar e gerenciar seu próprio capital, não dependendo mais de mesadas; o poder de ter na vida uma privacidade maior, sem a invasão dos adultos.

Para conseguir tudo isso passa-se por alguns tormentos. O tempo custa a passar. É lento. Caminha “tartaruguisticamente” – se é que esse termo existe. Pobres! Mal sabem o saudosismo que ronda as mente e corações dos adultos. A saudade do tempo em que o tempo não passava e que havia tempo, até mesmo, para se perceber o tempo. Em que esse lento passar do tempo não impunha tanto as responsabilidades da vida adulta ou da velhice.

Na vida adulta ocorre, então, o acúmulo de tarefas, compromissos e funções (profissional, afetiva, estudantil, materna, paterna, fraterna, filial, pessoal, social, etc.). O tempo então corre em velocidade estelar, há anos luz da capacidade humana de percebê-lo. Ele é curto e atropela os objetivos e sonhos. Impõe um estilo de vida cansativo.

O poder tão sonhado então determina o fim do tempo do próprio tempo, mas, calma!!! Ainda há tempo para um alento: quem sabe um dia teremos um tempo para programarmos nosso próprio tempo? Quem sabe um dia possamos recuperar o tempo em que tínhamos tempo? Quem sabe o futuro determine o fim dos tempos da falta de tempo?

Enquanto isso não ocorre, vamos então dar tempo ao tempo e, falando nisso, acabou-se meu tempo, pois o relógio avisa, em segundos e minutos de vento, que a hora agora tem outro momento. Outras tarefas, então, agora exigem meu tempo. Enquanto isso, no entanto, lhe sugiro: aproveite bem o seu tempo.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O quão verdadeiro consigo mesmo você quer ser?

Resolvi escrever minha primeira matéria no blog sobre algo que inúmeras vezes fazemos questão de ignorar: o quão verdadeiros somos com nós mesmos. Sei que parece estranho, mas quantas vezes você já parou para pensar se aquilo que você defende, acredita ou simplesmente tem certa concepção não é algo ao qual você atribuiu características, distorceu para que esse “algo” ganhasse a forma e sentido que hoje tem? E qual é o impacto dessa “distorção” em sua vida?

Não estou falando do mito da caverna de Platão, a qual as questões acima certamente nos remetem. Estou falando de adaptações. Muitas vezes, nós mesmos criamos um mundo particular, e tudo ao nosso redor fica submetida a essa óptica. Mas, não é possível resumir algo tão complexo ao nível pessoal, sofremos também influência do meio, do social, da mídia, que diariamente nos apresenta a uma realidade fictícia e construída a partir do sistema. Criamos o universo pessoal como forma de fuga de nossas angustias e sofrimentos. E o universo social nos é imposto, sendo algo coercitivo.

A realidade fica assim submetida a esses dois níveis de “molde”, portanto, a visão que temos do real é desvirtuada, como quando olhamos em um espelho embaçado.

Não estou querendo dizer que sempre que maquiamos a realidade, isso nos faz mal. Como já disse Clarke “Se nossos sonhos não fossem maiores do que nossa realidade certamente que ainda estaríamos vivendo em cavernas”. Porém, até que ponto essa “verdade criada” não nos torna escravos? Não nos torna submissos e cegos? E se um dia acordássemos e fossemos obrigados a repensar todos os nossos conceitos, como na obra de Clarice Lispector, A maçã no escuro? Será que nossas vidas pré-moldadas se tornariam melhores?

Deixo a sugestão aos leitores: analisem suas vidas e reflitam se talvez não valha a pena desfrutar da realidade tal como é, nua e crua.

Colaboraram: Camila Komatsuzaki e sua mãe.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Sobre índios, violência e sensatez

As cenas dos índios agredindo o engenheiro da Eletrobrás com facões foram transmitidas pela mídia na última semana. Enraivados perguntavam-me: por que não levam esses selvagens presos? Meu silêncio acompanhado de um sarcástico alongar de lábios, como um falso sorriso, era a resposta.

A violência no Brasil mostra sucessivamente a amplitude que vem alcançando. E lado a isso, ainda somos obrigados a notar que existe uma tríade de inimputáveis no Brasil: menores, políticos e índios. Os últimos tendo seus crimes legitimados pelo FUNAI.

Contudo, meu pensamento acerca da violência como um todo tem base em o que um dia Santo Agostinho disse: “Devemos combater o erro, não o homem que erra”. E isso se mostra certo. Embora, não sem razão, pareça mais sensato encarcerar aqueles que cometem um crime, o fazer não resolverá o problema da violência no Brasil, ela cometida por quem quer que seja.

É por isso que não vejo propósito algum em prender o grupo dos índios agressores. Não pretendo fazer apologia a essa violência, nem a nenhuma outra, mas sim fazer perceber que a sua raiz é bem mais profunda e que esta talvez seja a chance se convencer de que medidas repressivas são, por vezes, inócuas. Cito dois motivos: sempre haverá beneficiados - como há - e humilhar e intimidar só faz com que se eleve a “nocividade” dos criminosos.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Os 5 sentidos

Hoje quero aclamar a vida.
Em vez de crônicas,
Resolvi poetizar.
Ontem olhei a lua
E hoje estou a pensar:
Como é bela a proeza
De a beleza poder notar!
Ouço agora
O ruído morno do vento
O pé de caju do quintal assoprar
Veja que coisa incrível
Este dom de escutar.
Não sei porque
Mas agora
Estou a me recordar
Daquele café gostoso
Que aguça meu paladar...
Sinto até o seu cheirinho
Da cozinha prá sala entrar.
Nossa que sensação
Na boca traz o limão
Azedo de arrepiar
Até se parece com a vida
Que com um pouquinho de açúcar
Limonada pode virar.
Usei os 5 sentidos
Para expressar a inspiração
Que hoje a vida me trouxe
Pois viver é mais do que bom.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Um desabafo

Sinto muito senhores intelectuais com todas suas formações acadêmicas e títulos nobilitados que gastam suas nítidas capacidades e talentos para tentar, no pressuposto de que um pingo de chuva torna o oceano mais cheio, salvar essa terra, mas vocês nada fazem a não ser perder seu tempo. Carreatas, exposições contra a violência e jejuns com fundamentos demagógicos não irão salvar este mundo que vivemos. Se fossem, já teríamos alcançado o propósito poucos anos após a difusão desse ideal que fomenta ações como estas.

Chega de exibir para todos, senhores internautas, na perspectiva de demonstrar sua indignação, preocupação e caráter humanitário, fotos da realidade miserável de famílias pobres, doentes, sofridas e famintas. Nada estará fazendo, a não ser denunciando sua hipocrisia ou se não, se inserindo na alta probabilidade de se chocar, quando notar a indiferença com que os outros tratam a situação.

Chamo atenção para dizer que não repreendo suas ações. Mas sim o porquê de as fazerem. Muitos não se mostram verdadeiramente preocupados com o bem-estar do próximo, com a agonia do alheio. Querem apenas chamar atenção e se envolverem por uma falsa capa de moralismo, respeito e fraternidade.

Afirmo isso, na certeza de que se realmente quisessem pacificar, salvar o mundo, perderiam a falta de coragem, o falso abalo e abririam suas mentes para propostas mais criativas e inteligentes, ou até mesmo, lutavam pelo resgate dos valores que há muito sofreram drásticas mutações. Talvez seria mais produtivo, por exemplo, ler a constituição e buscar um modo de ajudar aqueles em vez de apenas lamentar. É da cidadania: todos têm direitos civis, políticos e sociais. Exigir isso é necessário, mas sem querer centralizar a atenção em si mesmo. É necessário, sem a segunda intenção de mostrar publicamente a própria humanidade.

Se levarmos para uma análise mais particular, perceberíamos ainda, que em vez de demonstrar a revolta pela morte do filho alheio que se envolveu com criminosos, seria mais sensato e coerente preocupar-se com o próprio filho que poderá também se envolver. Ou com o próprio pai, que é intimo do álcool. Já pensaram se cada um cuidasse do que é seu? Cada pai de seu filho, cada filho de sua mãe, a mãe do avô, avó...

A panacéia pode não ser essa, mas ao menos estaríamos caminhando para um horizonte menos obscuro, sem a sensação de que estamos estagnados, imobilizados e impotentes.

sábado, 17 de maio de 2008

Um pouco sobre tecnologia

Bom eu estou estreando por aqui. Na verdade só vim postar mesmo esse texto no lugar de um dos integrantes do blog.

Depois de pensar muito em que assunto abordar, decidi falar de algo que pudesse tanto englobar outros assuntos, como que estivesse presente no cotidiano de muitas pessoas, senão todas. A TECNOLOGIA.

Em termos técnicos, a tecnologia seria todo um conhecimento cientifico e principalmente todos os materiais que podem ser construídos através desse conhecimento.

Geralmente quando falamos em tecnologia, relacionamos diretamente com computadores e internet (ou mesmo os softwares), o que não é errado, já que atualmente esses dois “termos” constituem as “novas tecnologias”. Pensarmos que o computador é um invento que não é tão recente e, portanto não se enquadraria em uma nova tecnologia é um grande equivoco, já que os computadores (tanto hardwares quanto softwares) estão em constantes evoluções.

O ser humano busca cada vez mais a praticidade, e tentando sempre inovar os aparelhos já existentes, tornando-os mais velozes, mais leves e com capacidades cada vez mais incríveis. E todos esses processos de evolução, criação e inovação fazem parte da tão falada TECNOLOGIA.

E a pergunta que fica no ar é a seguinte: “Até onde o ser humano irá em busca de novas tecnologias”?

ESCRITO POR OLÍVIA TOZZI

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A fragmentação da verdade

De repente os canais jornalísticos de Palmas anunciam a prisão de dois supostos estupradores que agiam pela cidade.

A notícia aparece como caso fortuito, mas através destas mesmas reportagens soube-se que não se tratava de apenas um caso, mas, até aquele momento, de onze, fora aqueles cujas denuncias ainda estão por vir.

A questão é a seguinte: “foi mesmo necessário que ocorressem onze casos ou mais para que a população palmense tivesse ciência da violência que a circunda?”

É nesse aspecto que as verdades se fragmentam. Até mesmo os meios de comunicação de massa parecem se preocupar pouco com a importância preventiva da informação, tentando, como fazem os gestores, mostrar o cenário de um local quase perfeito, onde pouca violência circunda.

Pergunta-se: “Por que os seqüestros relâmpagos que andam ocorrendo não são comentados? E quanto aos assaltos a mão armada nos comércios e residências?”

Relatar fatos após a “quase” solução é fragmentar a verdade e, quando se fala em segurança publica, é mais que isso: é desrespeito, pois impossibilita os desavisados de praticarem a prevenção.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O que esperar de quem vota?

Responda agora: em quem você votou? Pode ser para representante de turma, sindico do prédio, melhor professor do ano, C.A da universidade, enfim. Difícil? Entre todos, alguns não saberão responder, outros dirão que não votaram em ninguém, que o voto era facultativo. Mas isso, sem nem sequer analisar as propostas dos “partidos” envolvidos. E é justamente por esse motivo, que infelizmente sou obrigado a reconhecer que a nossa perspectiva de futuro não tem base.

Noto isso dentro da própria universidade, motivo de algum desencanto meu, em que grande parte deixa de exercer seu direito ao voto na escolha do reitor, ou até mesmo da coordenação do seu curso. Preferem não se dar o trabalho de votar, a votar nulo. Por outro lado, entretanto, há os que votam. Esses se apresentando como um grupo, que de sua totalidade, pode-se abstrair vários outros subgrupos, dispostos assim, pelo motivo que são levados a votar.

Ao primeiro subgrupo, dar-se os que votam conscientemente – mesmo que nulo; os que votam porque vêem necessidade e tem suas decisões tomadas com base em certos critérios de valor. Desses, nada mais há de ser dito, a não ser que são raros e benevolentes para o grupo social a que pertencem.

No segundo, inserem-se aqueles aderem a um candidato por terem vínculos leais com o mesmo. Isto é, esse voto é estimulado por um compromisso entre os envolvidos, por uma amizade ou parentesco. Exemplifica-se com frases como: “sou seu amigo, votarei em ti”, ou então, “lembro-me que me fez um favor, votarei em ti” e até mesmo “é meu primo, tenho mais é que votar nele”. O que - muito embora beire o absurdo – é até compreensível tendo em vista que vivemos em uma nação coletivista, onde todos têm laços com todos.

E por ultimo, temos aqueles que compõem o subgrupo irresponsável – não que o anterior não seja. Esses visam com o voto, transferir, delegar a outros, responsabilidades para não ter que se preocupar com as mesmas. É desse grupo que surge a frase: “a culpa é de terceiro!” ou a mais conhecida, “a culpa é dos políticos!”

Há de perceber-se que toda essa divisão feita ao analisar um processo eleitoral na universidade, pode ser aplicada até mesmo na eleição a nível nacional, ou seja, desde a escolha de um deputado à de um presidente. Por exemplo: a mãe que vota no candidato da filha, a filha no do marido, o marido no do amigo que é amigo do candidato. E por aí se origina um ciclo de votos, fundamentados em relações pessoais, que caracterizam o segundo grupo e que caminham longe da consciência e perto da ignorância.

Tudo isso diz respeito, é evidente, a apenas alguns dos motivos que levam o individuo a votar, a exercer seu direito político. Não pretendo, ao exibi-los, formular proposições acerca do voto, das eleições, dos eleitores. Minha pretensão está em constatar que o individuo, como um ser votante, ainda se apresenta como um embrião - afirmação, felizmente sujeita a exceções.

Por fim, respondo ao titulo: Por enquanto, nada. Acredito que o ideal seria que a escolha eleitoral não fosse egoísta, não fosse sentimentalista. Já vimos que desse jeito as coisas não funcionam. É chegada a hora de perceber que estamos caminhando em direção ao nada. Agora, se é possível mudar isso, é um outro questionamento a ser pensado.

Influência da Informação

Começar a escrever um texto nem sempre é uma coisa muito fácil, ainda mais quando não se sabe o público que lerá, mas o melhor de tudo é expressar suas idéias, e deixar que o "mundo" conheça sua opinião. Nós os 7 acadêmicos caminhamos para isso, divulgar o pouco conhecimento que adquirimos, e absorver o conhecimento que nos pode ser dado.

Fato evidente é que cada um terá um estilo diferente de expor seus pensamentos, atingindo assim um público também diferente. E o meu primeiro post será sobre algo que nós comunicólogos hoje entendemos como sinônimo de grande importância para evolução humana: a Influência da Informação nas nossas vidas. Percebe-se que cada vez mais a informação vem nos atingindo, e isso pode ser relativamente bom, e relativamente ruim, o homem através dos tempos vem criando várias formas de informação, superando as maiores distâncias, minimizando os freqüentes erros e facilitando o acesso do mesmo a todas as pessoas. (será mesmo que a todas as pessoas?)

Alguns perguntam qual é o preço de toda essa informação, e se realmente são todas as classes que possuem acessibilidade a ela. Infelizmente não podemos dizer que são "todos", porque até hoje muitos não conhecem o computador, não conhecem a mágica que é a Internet, e nem são informados sobre o que acontece no mundo, falta de interesse de alguns, e realmente uma pobreza de outros.

A Informação hoje é instantânea; é de se refletir: como pode ser tão rápida? Do outro lado do mundo acontece algo, sabemos no mesmo instante aqui com apenas um click em algum hiperlink, e mais espantoso ainda é parar para pensar que tudo isso está em uma constante evolução, e até onde a informação vai, difícil imaginar a infinidade de coisas que ainda estão por vir, as coisas que nossos próprios netos verão.

Um pequeno recado:O Blog abre espaço para que os nossos leitores postem suas opiniões, que debatam o assunto tratado, para que Blogueiros e Leitores possam interagir e discutir assuntos importantes, que os leitores exponham suas críticas, e que nos disesse sobre o que gostariam que escrevêssemos.
É de suma importância para nós ouvir os pós e os contras. Fiquem a vontade, porque a Boca é Nossa!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Na quinta, um apelo: abrir a boca é preciso!

Tive a sorte de ser convidado para participar deste blog, o que talvez contribua para reduzir o espanto de começar escrever "ao mundo" semanalmente. Há quem diga que abrir a boca é um ato relativamente fácil (ainda mais se considerarmos o distanciamento entre quem escreve e quem lê, como nos blogs), e eu digo que se nem sempre é fácil falar de maneira responsável, abrir a boca é um ato necessário.

Nossos sentidos são inundados de informação e, muito embora pensemos saber tudo o que se passa, não raro o mais importante passa desapercebido. Uma vez acomodados, ficamos repletos de notícias como verdadeiros arquivos ambulantes, e nem sempre temos oportunidade (ou mesmo tempo) para debater o que é informado e pensar em seus possíveis significados ou desdobramentos.

Assim, é necessário adotar uma outra postura. Para nós que desejamos de algum modo interagir com o mundo, precisamos sair do nosso "conforto interior", refletir sobre o que acontece e debater os fatos como nos são apresentados, sob risco de deixarmos pouco a pouco de pensar e de agir: somos apenas espectadores de uma realidade que acontece distante de nós? Não, pelo contrário, somos todos informadores (e não me dirijo aqui apenas aos futuros jornalistas). Do convívio em família, passando por nossas amizades e pelos diversos ambientes que freqüentamos, estamos sempre, de um modo ou de outro (consciente ou inconscientemente), informando algo.

Assim, como ler os fatos a partir dos meios de comunicação, formular a própria opinião e debater as idéias para se tornar um informador mais responsável (não um mero repetidor de notícias)? Em linhas gerais, poderíamos dizer que bastaria procurar informação em mais de uma fonte e buscar espaço para debatê-la. E é nesse ponto que o blog surge como opção, já bem explorada por meios de comunicação em suas versões on-line. Sem falsas pretensões, este é o espaço que desejo construir com a ajuda de todos na elaboração e discussão dos temas.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Que identidades são essas?

Novos casos estarrecem as populações do chamado “mundo normal”.
Identidades contundentes como a do pai que estupra e aprisiona por longa data a própria filha, tendo filhos com a mesma e impedindo essas criaturas de conhecerem a luz do sol. Como a da mãe que por 20 anos mantém congelados seus três filhos recém-nascidos; ou até mesmo, da probabilidade do próprio pai ter lançado pela janela do apartamento a própria filha.
Que identidades são essas? Que cargas genéticas, sociais e culturais carregam elementos dessa estirpe? Questões como essas hoje sondam as mentes de vários indivíduos. Todos querem compreender a insignificância a qual se reduz a vida humana para os autores de tamanhas crueldades.
Da premissa acima, surge outra dúvida: “o que é crueldade para um homicida?”. Alguns justificam o ato com a sua antítese: o amor.
Teria, então, o amor um lado mal? Será possível enxergar o extermínio ou a escravidão de quem se ama como algo benevolente?
As indagações se multiplicam e o remédio é buscar, cada qual dentro de si, um sentido para o que não tem sentido.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Na segunda, um convite.

O que se pode fazer em uma semana? Um espaço de tempo limitado, é inegável. Por exemplo: sete dias não são suficientes para construir um relacionamento amoroso e de total confiança com um individuo. Assim como também, aprender mandarim. Contudo, são das partes que a compõem que se originam o mês e o ano, que se tornarão passado e que serão os responsáveis por você se tornar uma pessoa mais experiente do que era antes. É por isso que se faz verdadeiro o clichê de que devemos transformar cada dia da semana em um dia de aprendizado. Até mesmo as segundas-feiras.

Notamos que as formas como nos comunicam as coisas, cada dia que passa, se tornam mais semelhantes. Assim, não tem como a maioria evitar julgar a leitura de informações, parte do aprendizado, como algo enfadonho e chato. Geralmente o leitor que com estes termos caracteriza a leitura é uma pessoa automática, incapaz de identificar a essência de um texto e que não ler com mais profundidade o que lhe é apresentado. Dessa forma, torna-se mais fácil o papel de alienar que a mídia vem exercendo, que se apresenta como uma corrente contra o aprender.

Não que não haja bons leitores, eles existem. Porém, cada vez menos os textos jornalísticos (para não falar jornalismo), nos estimulam a pesquisar sobre o que nos expõem. Limitam-se, se julgam realidade singular, se tornam modeladores. Não é a toa que consumidos cada vez mais e nos sentimos mais objetivos, mais máquinas. Contra isso, afirmo com veemência, que um texto, quando bem lido e composto, nos torna um individuo realmente mais informado, critico e que não acredita em tudo que nos mandam. Faz-nos ser o que somos: um organismo vivo - não maquinado; perceber que podemos sim, ter prazer na leitura; crer, que não somos ignorantes e que nossa inteligência, merece respeito.

Por vários motivos, convido todos, às todas as segundas-feiras virem me visitar e lerem minhas publicações. Com elas, não pretendo mudar o mundo, mas fazer um jornalismo mais verdadeiro e menos grosseiro e da leitura na segunda, uma necessidade prazerosa. Não prometo imparcialidade - é mera utopia -, mas afirmo tentar com força, tecer textos que ficarão embutidos em suas mentes (mesmo que com suas idéias não concordem) e não aqueles que lhe farão esquece-lo na primeira oportunidade que surgir.

domingo, 4 de maio de 2008

Bem vindos!

Com entusiasmo e expectativa concretizamos hoje uma idéia e um desejo que guardamos por tempos: o blog boca nossa.

Almejamos, além de uma interação com respeito, a construção de um espaço que sirva para a formação e amadurecimento de idéias. Possuindo o falso direito da liberdade de expressão, queremos falar, opinar, criticar e discordar. Exercer a arte de formar opinião com fundamentos e responsabilidade.

Somos sete acadêmicos, sete futuros jornalistas. As opiniões podem, por vezes, apresentarem-se diferentes, mas a finalidade continua sendo a mesma supracitada. Salientamos ainda, que tanto como nosso, este espaço é seu, assim, use-o a vontade e opine sempre que achar necessário (quando não também). Contamos sua participação e seu acesso.

No mais, até breve!

Artigos

Fim dos empregos - Luiza Maria de Castro

E-Books

Segue a lista de E-books recomendados, disponíveis para download!

-- a c e r v o --
Friedrich Engels
Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem

Ralph Emerson
Caráter

 
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