segunda-feira, 7 de julho de 2008

Journalist...


Entender que o Jornalismo ganhou espaço, que ganhou um curso especificamente para sua área não é uma tarefa difícil, mas sentir que Jornalismo é uma paixão e uma eterna busca torna-se por vezes despercebido aos olhos de alguns. Fazer Jornalismo hoje, é ter liberdade de expressão, mas será que realmente há uma liberdade? Ou será que há muitas outras coisas por trás destes fatos? Elaborar uma resposta para tais perguntas não se torna algo impossível, simplesmente por ver dia-após-dia o que nos é apresentado, ou melhor dizendo o que querem nos apresentar.

Ser Jornalista náo é ser uma máquina que tem o dever de registrar fatos com a mesma técnica correta de todos os dias, não é fazer de imediato e sim fazer o melhor possível, não é produzir mais e sim melhor produzir, porém o que enxergamos hoje? Enxergamos duas pessoas em uma só, um Jornalista e uma pessoa, ser Jornalista não é ser você mesmo? Essa seria a justificativa para as inúmeras faltas de sensibilidade? É mostrar a realidade, porém ter a consciência que lida-se com pessoas, com seres-humanos capazes de pensar e assimilar. Talvez seja essa a capacidade, a de assimilar que despertou em alguns o sentimento de "poder" ou seja, de ser capaz de "manipular" usando o sensacionalismo e perdendo a sensibilidade para somente chegar na frente.

O verdadeiro poder do Jornalismo é formar opiniões, é informar, é mostrar duas versões de um mesmo fato, é criar tendências e não manipular, nem distorcer e recriar histórias, não é copiar é apenas fazer o melhor. Utopia? Não é apropriadamente a resposta para os questionamentos acima, julga-se que quando os acadêmicos entram no Jornalismo, alguns têm uma vontade grande de mudar o que se costuma ver, mas depois esta vontade vai perdendo força, o mercado corrompe, e a mesmice acaba fazendo com que a frieza seja mais notável do que a própria essência da notícia.

Às vezes é preciso parar e refletir, refletir sobre o que assimilamos hoje, refletir o porque de estarmos em uma sala aprendendo como fazer Jornalismo, e o principal escolher a própria forma de Jornalismo, se estamos querendo aprender algo para vender, ou se estamos tratando disso como um aprendizado não só profissional mas também pessoal. Muitos já não querem exercer a profissão que "manipula" e sim a que informa. A pressa como sempre é dito, é a inimiga da perfeição, e com toda essa mundança, toda essa globalização, há pressa, uma pressa que empobrece as respostagens, que simplesmente tira a essência dos fatos para poder apenas chegar em primeira mão.

A ética se pensarmos bem é o principal valor que deve-se ter dentro da Comunicação Social como em outro qualquer lugar, ética não existe apenas uma e sim várias, é a moral que está inserida em apenas uma palavra, e a ética no Jornalismo hoje em dia não entra em foco, porém é o valor mais importante, é a noção que se adquiri do que é ser um bom profissional, é respeitar os outros e a si próprio. Existe ética quando coloca-se a vida profissional de uma pessoa em jogo por apenas uma simples matéria? Existe ética quando se faz um furo que possa prejudicar mais do que beneficiar a vida de muitos, por apenas mais um lugar no ibope? Creio que são valores corrompidos que a própria pessoa idealiza visando fugir da culpa, uma
culpa inevitável.

"A melhor profissão do mundo?!?", talvez realmente seja quando se é feita com moral, com paixão, levando-a como uma aventura e uma maneira de melhorar a si mesmo e ao mundo. Todas as profissões para o profissional que a ama é a melhor do mundo, e estar no Jornalismo tendo a oportunidade de expressar um pouco de inúmeras opiniões fixa a afirmação: "JORNALISMO: A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO"

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Olha aí!

Às vezes é preciso dar um tempo, ou melhor, dar-se um tempo.
A rotina, com suas constantes exigências, se torna a cada dia, mais exaustiva. As baterias da mente e do corpo aos poucos são descarregadas.

A dedicação a um monte de obrigações usurpa o tempo a ser dedicado ao próprio umbigo. Ocorre então um processo que ora denomino “auto-esquecimento”. Isso mesmo. Em meio a tantas coisas nos esquecemos de nós mesmos.

Fica a revelia a necessidade de rir; de ir ao cinema; de ler um bom romance; de gritar feitos loucos no show de rock in roll; de falar besteira; de curtir a paixão num local inusitado; de ver o sol se pôr; de ir ao salão cuidar do visual; de praticar um esporte radical; de conversar com os amigos relembrando bons momentos; de tomar sorvete na pracinha; de roubar fruta no lote do vizinho; de improvisar uma sessão de piadas; enfim, de fazer coisas que recarreguem as baterias desgastadas e fracas.

Olha ai! Temos que decretar nossa liberdade em função até mesmo da continuidade do exercício da rotina e da busca própria necessidade de tornar melhor a existência.

Olha aí! Fico feliz que este texto esteja sendo lido. Isso pode ser um indicio de libertação, visto que quem procura esse blog, via de regra, foge da rotina e se da um tempo para curtir algumas idéias que, de repente, pode ser interessante e propiciar algum prazer.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Grita de dor a Serra do Carmo

Chegou a “época das queimadas”. Coisa feia de se dizer, não é mesmo? Infelizmente, porém, essa assertiva retrata a realidade em diversas regiões do Brasil, especialmente no Tocantins e em sua capital.

É época de São João e não apenas toras de madeiras secas amontoadas são incineradas, mas grandes áreas verdes. Queima a Serra do Carmo – cartão postal de Palmas.

São diversas as justificativas daqueles que, em sua maioria, ocasionam com suas tochas, as nuvens de fumaça que escondem o luar, dentre elas, a necessidade de devastar a vegetação para manuseio da terra no preparo para a agricultura com o menor custo possível.

Alguns poucos fazem, com o mínimo de consciência que lhes resta, os chamados aceiros que impendem que as chamas se alastrem para além dos limites necessários. Outros não. E a nebulosidade invade a Serra do Carmo...

Dessa forma a natureza é agredida. É invadida pela vontade egoísta dos humanos de buscar para si o que julga mais fácil de ser adquirido: animais são expulsos de seu habitat natural; nascentes são poluídas; árvores que levaram dezenas de anos para de formar se transformam em carvão; o efeito estufa se acelera e o ar se torna pesado.

Mal percebe o ser humano ser ele mesmo o responsável pelo pagamento desta alta conta. Os hospitais lotam com crianças com dificuldades respiratórias; o calor sufoca; insetos, répteis e felinos invadem o meio urbano causando pânico; a água precisa ser fracionada e os olhos ardentes e lacrimejantes não enxergam a Serra do Carmo.

O combate a esse crime parece ineficaz embora existam vários combatentes. O bicho homem, pseudo “ser racional”, não se atenta e ignora as súplicas e avisos da natureza. Quando acende o fósforo da sua soberba e apaga a possibilidade de equilíbrio no meio ambiente que padece.

A Serra do Carmo pede socorro.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

João e Maria

Tempo que não passa;
Horas perdidas em vão;
O que fazer nesses momentos sem seu sorriso?
Sem seu sorriso Maria, sem seu sorriso João!
Silêncio inútil, olhar expressivo;
Será que falar ainda é preciso?
João está calado...
Maria também!
Fuga improvisada...
João não falou e Maria também não disse nada...
Fugiram os dois uma noite depois!
Maria queria sentir os cabelos ao vento;
E João, João queria tempo!
Tempo para amar, tempo para cantar, para pensar...
Tempo para sonhar!
Depois da fuga a realidade...
Maria tinha suas vaidades!
Um espelho, um espelho para se olhar...
Mas João não percebe...
Está inerte na imensidão do mar
Maria sofre calada.
Para ela não basta só o amor
São tantas coisas com as quais sonhou
A decepção a consome
Seus doces e ilusórios sonhos são maiores
Sofre, chora, o amor se acaba e João...
Ah João! João continua a olhar o céu, o mar.
Não percebe o dia em que Maria começa a definhar
Maria padece e João não compreende
Maria morre!
João definitivamente não entende...
“Ela era Eu”
E simplismente Maria morreu!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Aos apaixonados por leitura

Drummond de Andrade, Érico Veríssimo, Dan Brown, Clarice Lispector, Agatha Christie, Fiodor Dostoievski... Todos esses escritores são fascinantes, mas nem todas as pessoas têm acesso às suas obras. Foi pensando nisso que surgiu nos Estados Unidos o projeto chamado “BookCrossing” ou Troca de livros em português.

O projeto tem como idéia inicial, que quando compramos livros (principalmente de literatura), após lê-los os deixamos guardados, parados. O que o projeto propõe é que haja uma troca livre. Os livros deverem ser deixados em lugares públicos para que outras pessoas passem, peguem o livro, leiam e façam o mesmo, sem tempo de devolução e nem local.

Para isso foi criado o site BookCrossing no qual a pessoa se cadastra, recebe um número de identificação que é colado ao livro e o "solta" com uma etiqueta: "Livro livre" e um bilhete com a explicação do que se trata o projeto pedindo para que as pessoas entrem no site e informem o destino do livro.

Nos Estados Unidos existem inúmeros pontos de troca e em São Paulo o projeto começa a se disseminar. No Brasil são 3.700 trocadores de livros oficiais, sendo que 1.600 são de São Paulo e mais de 4.500.00 livros registrados no mundo todo.

Se você gostou da idéia, acesse o site, cadastre-se e coloque seus livros para “girar”. Como já disse Mário Quintana: “De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente.” Que tal dar a oportunidade à outras pessoas de ler esses três livros?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Hora de usar a cabeça

Em breve, muito em breve, entraremos no período eleitoral. Poderemos então exercer, através do voto, a tão sonhada, idealizada e comentada cidadania.

Rostos simpáticos e bonachões se apresentarão através dos diversos meios de comunicação, fazendo profecias sobre a possibilidade acentuada de melhoria na nossa condição de vida, seja no mundo, no estado ou no município, a partir do momento em que poderem nos representar junto às assembléias e câmaras.

Como não acreditar em pessoas de tão boas intenções? Pessoas que mal sabem da nossa realidade enquanto povo, mas que, durante um período especifico, no abraçam nas ruas e se “interessam” pelas nossas necessidades. Se “importam”.

Como duvidar daqueles que durante a apresentação em palanques mostram toda uma empolgação em resolver todos os problemas que aflige a humanidade? A fome, a miséria, a educação, o preconceito, a violência...

É verdade. A retórica consistente dos políticos consegue persuadir e envolver. Direcionam-se às fragilidades mais aparentes do ser humano, dentre estas o senso critico.

Fiquemos atentos então. É hora de usar a cabeça. Buscar biografias verdadeiras para fazer a opção. Entender o funcionamento e a perspicácia das mentes daqueles que se põem a nosso inteiro dispor, na luta pelo fazer valer direitos.

É hora de pensar, analisar e agir com consciência social e responsabilidade.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nós, egoistas!

Por que a maioria das pessoas se ofende quando alguém a classifica como egocêntrica ou egoísta? Qual é o problema em assumir que sim, somos uma espécie extremamente egoísta? Afinal, é graças ao egoísmo e ao egocentrismo que firmamos relações sociais, nos defendemos e até os deuses (em sua maioria) são projeções de nós mesmos, com alguns retoques é claro.

Disfarçamos o quanto somos egoístas em frases como: “gosto de você porque você é engraçado”. Na realidade, gostamos dos outros porque eles nos trazem satisfação. Somos tão egoístas que queremos que os outros estejam bem para que nós fiquemos bem. Vivemos em busca do prazer, da felicidade, e os “outros” é que nos proporcionam isso na maioria dos casos.

Nos agrupamos em sociedade para garantir a própria sobrevivência e subsistência. Protegemos nossos familiares por instinto, pois eles possuem grande parte dos nossos genes e recentes pesquisas demonstram que a primeira impressão é baseada em quão parecido fisicamente conosco o outro é. Sendo assim, confiamos em quem se parece mais com nós mesmos.

Entretanto, é necessário distinguir o egoísmo do narcisismo (o famoso eu me amo), não projetar no outro que é “parecido” conosco as nossas características e não continuar rotulando o egoísmo como algo “do mal” com base em ultrapassados dogmas religiosos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um pouquinho de cada coisa

Hoje confesso que estava meio perdida quanto a que assunto abordar. Pensei inicialmente em falar sobre a preguiça que observo nos educadores atuais ao desenvolver seus conteúdos, fazendo com que, em seminários um tanto quanto cansativos, os alunos profiram os conteúdos. Não que eu considere tais trabalhos improdutivos, muito pelo contrário, forçam o educando a ler, mas como o próprio nome diz, são educandos, e quem garante que o que esta criatura transmite foi interpretado da forma correta?

Pensei depois em discorrer sobre a necessidade do silêncio e o quão difícil é encontrá-lo. A poluição sonora irrompe os tímpanos sem sequer pedir licença, sendo um dos fatores que hoje causam a estereotipada doença denominada “estresse”.

Sugeriram-me então que escrevesse sobre a importância de opinar. Tema que, se bem discutido, pode até gerar polêmicas porque, da mesma forma que opinar é importante, também o é saber o modo e o momento certo de fazê-lo ou até mesmo de não fazê-lo, valorando também a importância do saber calar.

Pessoalmente considero que para opinar é necessário o uso de muita cautela e uma apurada audição para que o assunto ou temática não perca a devida sintonia. Da mesma forma, não acho nada interessante a postura daqueles que raramente se manifestam, como dizem por ai, “em cima do muro”, agindo com ambigüidade como se com tudo concordasse ou discordasse. Esses não prezam suas próprias opiniões e, não hesito em dizer, desta forma se posicionam talvez, exatamente, pela pequenez de suas mentes definhadas pela ausência de senso critico.

Na dúvida sobre o que discorrer, contribuo, no momento, com esses três fragmentos de idéias que, posteriormente, pretendo desenvolver com mais detalhamento e especificidade.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Três em duas características para a humanidade

A despeito de inúmeras características para a humanidade as que hoje me parecem mais universais e menos efêmeras é que ela é enigmática e contraditória. Sócrates, Hobbes, Rousseau e diversos outros pensadores viram isso. Todos apontam, com outras palavras, para a inabilidade da própria responder: como pode o homem, um ser que nasce livre, viver sua vida, como escravo? - um enigma!

Sócrates é conhecido pelos seus questionamentos amplos, nos provando que mais importante do que saber a resposta é saber qual a questão correta a ser respondida. E é ai que somos levados a pensar que para a questão supracitada talvez não haja resposta porque na verdade a pergunta correta não seja essa. Então qual seria?

Como descobrir o porquê do homem viver sendo lobo de si mesmo, escravo de si próprio? Aí incluindo trabalho, família, ideologias, desejos, padrões. Vemos ainda que é aqui que se encontra a contradição da humanidade. Seres da mesma espécie que por se tratar de um questionamento a seu próprio respeito não se encontram em condições de respondê-lo.

Além disso, o homem se mostra contraditório até em suas próprias doutrinas, quando diz elabora-las para o bem quando na verdade servem para escravizá-lo ainda mais. Foram doutrinas que levaram pessoas a guerras, sofrimentos, tormentos, assassinatos, perseguições. Foram suas próprias ideologias que bipolarizaram o mundo por um considerável período e ainda hoje o faz, não sobre forma bipolar, mas multi.

E tudo isso parece convergir pra uma única evidência: o homem não sabe sobre si e assim não se reconhece como verdadeiramente é: um ignorante. Ele não sabe o que fazer para acabar com as guerras quando parece tão óbvia a solução; não sabe como deixar de ser um ser automático quando na verdade é um ser orgânico.

A humanidade parece incapaz de agradar a si mesma e penso que seja porque ela não sabe o que realmente quer.

E assim se mostra coerente o que Reich disse: “Para onde quer que olhemos, vemos o homem a correr em círculos, como se, preso numa armadilha, tentasse em vão escapar da sua prisão e do seu desespero.” Isso porque ele nem se quer tem conhecimento de que está preso. E assim, não sabe que deve escapar.

domingo, 1 de junho de 2008

Por trás da cultura milenar...

Há alguns dias atrás estive lendo uma matéria sobre a China, o título me chamou a atenção: "Você ainda vai sentir saudades dos E.U.A". Por qual motivo esse título?

Acho a China um país intrigante, curioso e talvez um dos mais interessantes. A Dinastia antiga, a culinária, educação e até mesmo o zodíaco chinês são coisas fascinantes.
A China percorreu um longo caminho na história, não é a toa que é uma das civilizações mais antigas do mundo, e hoje é um país que está crescendo na sua economia sendo denominado o país do futuro, ou melhor a China já é o país do presente! E o lema do ex-líder chinês (Deng Xiaoping) "Esconda sua capacidade, espere a oportunidade" parece estar dando certo, a oportunidade enfim apareceu. Porém a China não parece estar querendo entrar com o pé direito para a história moderna, escondendo seus reais objetivos e não importando com as consequências do que fazem.

E fica a incógnita de como será a futura liderança da China. O que causa dúvidas, pelas suas prioridades internacionais, onde uma delas é suprir suas enormes necessidades energéticas ou seja, a China está em busca de minério, ferro, óleo e madeira, e é nessa busca que a China se mancha, por não se preocupar com os mínimos detalhes, detalhes como Aquecimento Global, poluição ou resumindo "meio-ambiente". Claro que a China é um país grande, 'e faz jus' de ter também o segundo posto de maior emissor de gases poluentes, perdendo apenas para os E.U.A. A China bloqueava até as interveções internacionais no Genocídio que acontecia no Sudão, "Por que"? Eis a pergunta, O Sudão é sede do maior investimento em petróleo que Pequim fez no exterior.

Infelizmente isso deixa dúvidas nas cabeças de quem se preocupa com assuntos internacionais, porque querendo ou não tudo interfere aqui, "do outro lado do mundo", e se a China nos moldar sua imagem e semelhança?
Porque as grandes potências têm dinheiro e força para fazerem valer seus valores, tenho certeza de que não queremos enriquecer a qualquer custo. Mas talvez as coisas mudem, porque um país para atuar como líder no cenário mundial, tem como dever também trazer grandes melhorias ou pelo menos idéias.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Esse tal de tempo

A vida nasce e no desenrolar da infância o tempo é algo lento. Algo que nos afasta da autonomia e do poder de opinião e decisão dos adultos sobre suas próprias vidas.

A idade sonhada (18 anos), transfere “personalidade” à pessoa ante as perspectivas previstas pela mente infantil e, até mesmo, infanto-juvenil.

O jovem enxerga a maioridade civil e penal como a abertura de uma porta. Ao se passar por essa porta ele acredita que adquirirá, de certa forma, a permissão para ter poder: o poder de dominar máquinas (automóveis e ciclos motorizados), com a devida legalidade, visto que a grande maioria já o faz antes desse período; o poder de optar pelo curso do sonho e gerenciar sua vida estudantil, sendo assim o fiscal do próprio boletim; o poder de buscar e gerenciar seu próprio capital, não dependendo mais de mesadas; o poder de ter na vida uma privacidade maior, sem a invasão dos adultos.

Para conseguir tudo isso passa-se por alguns tormentos. O tempo custa a passar. É lento. Caminha “tartaruguisticamente” – se é que esse termo existe. Pobres! Mal sabem o saudosismo que ronda as mente e corações dos adultos. A saudade do tempo em que o tempo não passava e que havia tempo, até mesmo, para se perceber o tempo. Em que esse lento passar do tempo não impunha tanto as responsabilidades da vida adulta ou da velhice.

Na vida adulta ocorre, então, o acúmulo de tarefas, compromissos e funções (profissional, afetiva, estudantil, materna, paterna, fraterna, filial, pessoal, social, etc.). O tempo então corre em velocidade estelar, há anos luz da capacidade humana de percebê-lo. Ele é curto e atropela os objetivos e sonhos. Impõe um estilo de vida cansativo.

O poder tão sonhado então determina o fim do tempo do próprio tempo, mas, calma!!! Ainda há tempo para um alento: quem sabe um dia teremos um tempo para programarmos nosso próprio tempo? Quem sabe um dia possamos recuperar o tempo em que tínhamos tempo? Quem sabe o futuro determine o fim dos tempos da falta de tempo?

Enquanto isso não ocorre, vamos então dar tempo ao tempo e, falando nisso, acabou-se meu tempo, pois o relógio avisa, em segundos e minutos de vento, que a hora agora tem outro momento. Outras tarefas, então, agora exigem meu tempo. Enquanto isso, no entanto, lhe sugiro: aproveite bem o seu tempo.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O quão verdadeiro consigo mesmo você quer ser?

Resolvi escrever minha primeira matéria no blog sobre algo que inúmeras vezes fazemos questão de ignorar: o quão verdadeiros somos com nós mesmos. Sei que parece estranho, mas quantas vezes você já parou para pensar se aquilo que você defende, acredita ou simplesmente tem certa concepção não é algo ao qual você atribuiu características, distorceu para que esse “algo” ganhasse a forma e sentido que hoje tem? E qual é o impacto dessa “distorção” em sua vida?

Não estou falando do mito da caverna de Platão, a qual as questões acima certamente nos remetem. Estou falando de adaptações. Muitas vezes, nós mesmos criamos um mundo particular, e tudo ao nosso redor fica submetida a essa óptica. Mas, não é possível resumir algo tão complexo ao nível pessoal, sofremos também influência do meio, do social, da mídia, que diariamente nos apresenta a uma realidade fictícia e construída a partir do sistema. Criamos o universo pessoal como forma de fuga de nossas angustias e sofrimentos. E o universo social nos é imposto, sendo algo coercitivo.

A realidade fica assim submetida a esses dois níveis de “molde”, portanto, a visão que temos do real é desvirtuada, como quando olhamos em um espelho embaçado.

Não estou querendo dizer que sempre que maquiamos a realidade, isso nos faz mal. Como já disse Clarke “Se nossos sonhos não fossem maiores do que nossa realidade certamente que ainda estaríamos vivendo em cavernas”. Porém, até que ponto essa “verdade criada” não nos torna escravos? Não nos torna submissos e cegos? E se um dia acordássemos e fossemos obrigados a repensar todos os nossos conceitos, como na obra de Clarice Lispector, A maçã no escuro? Será que nossas vidas pré-moldadas se tornariam melhores?

Deixo a sugestão aos leitores: analisem suas vidas e reflitam se talvez não valha a pena desfrutar da realidade tal como é, nua e crua.

Colaboraram: Camila Komatsuzaki e sua mãe.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Sobre índios, violência e sensatez

As cenas dos índios agredindo o engenheiro da Eletrobrás com facões foram transmitidas pela mídia na última semana. Enraivados perguntavam-me: por que não levam esses selvagens presos? Meu silêncio acompanhado de um sarcástico alongar de lábios, como um falso sorriso, era a resposta.

A violência no Brasil mostra sucessivamente a amplitude que vem alcançando. E lado a isso, ainda somos obrigados a notar que existe uma tríade de inimputáveis no Brasil: menores, políticos e índios. Os últimos tendo seus crimes legitimados pelo FUNAI.

Contudo, meu pensamento acerca da violência como um todo tem base em o que um dia Santo Agostinho disse: “Devemos combater o erro, não o homem que erra”. E isso se mostra certo. Embora, não sem razão, pareça mais sensato encarcerar aqueles que cometem um crime, o fazer não resolverá o problema da violência no Brasil, ela cometida por quem quer que seja.

É por isso que não vejo propósito algum em prender o grupo dos índios agressores. Não pretendo fazer apologia a essa violência, nem a nenhuma outra, mas sim fazer perceber que a sua raiz é bem mais profunda e que esta talvez seja a chance se convencer de que medidas repressivas são, por vezes, inócuas. Cito dois motivos: sempre haverá beneficiados - como há - e humilhar e intimidar só faz com que se eleve a “nocividade” dos criminosos.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Os 5 sentidos

Hoje quero aclamar a vida.
Em vez de crônicas,
Resolvi poetizar.
Ontem olhei a lua
E hoje estou a pensar:
Como é bela a proeza
De a beleza poder notar!
Ouço agora
O ruído morno do vento
O pé de caju do quintal assoprar
Veja que coisa incrível
Este dom de escutar.
Não sei porque
Mas agora
Estou a me recordar
Daquele café gostoso
Que aguça meu paladar...
Sinto até o seu cheirinho
Da cozinha prá sala entrar.
Nossa que sensação
Na boca traz o limão
Azedo de arrepiar
Até se parece com a vida
Que com um pouquinho de açúcar
Limonada pode virar.
Usei os 5 sentidos
Para expressar a inspiração
Que hoje a vida me trouxe
Pois viver é mais do que bom.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Um desabafo

Sinto muito senhores intelectuais com todas suas formações acadêmicas e títulos nobilitados que gastam suas nítidas capacidades e talentos para tentar, no pressuposto de que um pingo de chuva torna o oceano mais cheio, salvar essa terra, mas vocês nada fazem a não ser perder seu tempo. Carreatas, exposições contra a violência e jejuns com fundamentos demagógicos não irão salvar este mundo que vivemos. Se fossem, já teríamos alcançado o propósito poucos anos após a difusão desse ideal que fomenta ações como estas.

Chega de exibir para todos, senhores internautas, na perspectiva de demonstrar sua indignação, preocupação e caráter humanitário, fotos da realidade miserável de famílias pobres, doentes, sofridas e famintas. Nada estará fazendo, a não ser denunciando sua hipocrisia ou se não, se inserindo na alta probabilidade de se chocar, quando notar a indiferença com que os outros tratam a situação.

Chamo atenção para dizer que não repreendo suas ações. Mas sim o porquê de as fazerem. Muitos não se mostram verdadeiramente preocupados com o bem-estar do próximo, com a agonia do alheio. Querem apenas chamar atenção e se envolverem por uma falsa capa de moralismo, respeito e fraternidade.

Afirmo isso, na certeza de que se realmente quisessem pacificar, salvar o mundo, perderiam a falta de coragem, o falso abalo e abririam suas mentes para propostas mais criativas e inteligentes, ou até mesmo, lutavam pelo resgate dos valores que há muito sofreram drásticas mutações. Talvez seria mais produtivo, por exemplo, ler a constituição e buscar um modo de ajudar aqueles em vez de apenas lamentar. É da cidadania: todos têm direitos civis, políticos e sociais. Exigir isso é necessário, mas sem querer centralizar a atenção em si mesmo. É necessário, sem a segunda intenção de mostrar publicamente a própria humanidade.

Se levarmos para uma análise mais particular, perceberíamos ainda, que em vez de demonstrar a revolta pela morte do filho alheio que se envolveu com criminosos, seria mais sensato e coerente preocupar-se com o próprio filho que poderá também se envolver. Ou com o próprio pai, que é intimo do álcool. Já pensaram se cada um cuidasse do que é seu? Cada pai de seu filho, cada filho de sua mãe, a mãe do avô, avó...

A panacéia pode não ser essa, mas ao menos estaríamos caminhando para um horizonte menos obscuro, sem a sensação de que estamos estagnados, imobilizados e impotentes.

sábado, 17 de maio de 2008

Um pouco sobre tecnologia

Bom eu estou estreando por aqui. Na verdade só vim postar mesmo esse texto no lugar de um dos integrantes do blog.

Depois de pensar muito em que assunto abordar, decidi falar de algo que pudesse tanto englobar outros assuntos, como que estivesse presente no cotidiano de muitas pessoas, senão todas. A TECNOLOGIA.

Em termos técnicos, a tecnologia seria todo um conhecimento cientifico e principalmente todos os materiais que podem ser construídos através desse conhecimento.

Geralmente quando falamos em tecnologia, relacionamos diretamente com computadores e internet (ou mesmo os softwares), o que não é errado, já que atualmente esses dois “termos” constituem as “novas tecnologias”. Pensarmos que o computador é um invento que não é tão recente e, portanto não se enquadraria em uma nova tecnologia é um grande equivoco, já que os computadores (tanto hardwares quanto softwares) estão em constantes evoluções.

O ser humano busca cada vez mais a praticidade, e tentando sempre inovar os aparelhos já existentes, tornando-os mais velozes, mais leves e com capacidades cada vez mais incríveis. E todos esses processos de evolução, criação e inovação fazem parte da tão falada TECNOLOGIA.

E a pergunta que fica no ar é a seguinte: “Até onde o ser humano irá em busca de novas tecnologias”?

ESCRITO POR OLÍVIA TOZZI

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A fragmentação da verdade

De repente os canais jornalísticos de Palmas anunciam a prisão de dois supostos estupradores que agiam pela cidade.

A notícia aparece como caso fortuito, mas através destas mesmas reportagens soube-se que não se tratava de apenas um caso, mas, até aquele momento, de onze, fora aqueles cujas denuncias ainda estão por vir.

A questão é a seguinte: “foi mesmo necessário que ocorressem onze casos ou mais para que a população palmense tivesse ciência da violência que a circunda?”

É nesse aspecto que as verdades se fragmentam. Até mesmo os meios de comunicação de massa parecem se preocupar pouco com a importância preventiva da informação, tentando, como fazem os gestores, mostrar o cenário de um local quase perfeito, onde pouca violência circunda.

Pergunta-se: “Por que os seqüestros relâmpagos que andam ocorrendo não são comentados? E quanto aos assaltos a mão armada nos comércios e residências?”

Relatar fatos após a “quase” solução é fragmentar a verdade e, quando se fala em segurança publica, é mais que isso: é desrespeito, pois impossibilita os desavisados de praticarem a prevenção.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O que esperar de quem vota?

Responda agora: em quem você votou? Pode ser para representante de turma, sindico do prédio, melhor professor do ano, C.A da universidade, enfim. Difícil? Entre todos, alguns não saberão responder, outros dirão que não votaram em ninguém, que o voto era facultativo. Mas isso, sem nem sequer analisar as propostas dos “partidos” envolvidos. E é justamente por esse motivo, que infelizmente sou obrigado a reconhecer que a nossa perspectiva de futuro não tem base.

Noto isso dentro da própria universidade, motivo de algum desencanto meu, em que grande parte deixa de exercer seu direito ao voto na escolha do reitor, ou até mesmo da coordenação do seu curso. Preferem não se dar o trabalho de votar, a votar nulo. Por outro lado, entretanto, há os que votam. Esses se apresentando como um grupo, que de sua totalidade, pode-se abstrair vários outros subgrupos, dispostos assim, pelo motivo que são levados a votar.

Ao primeiro subgrupo, dar-se os que votam conscientemente – mesmo que nulo; os que votam porque vêem necessidade e tem suas decisões tomadas com base em certos critérios de valor. Desses, nada mais há de ser dito, a não ser que são raros e benevolentes para o grupo social a que pertencem.

No segundo, inserem-se aqueles aderem a um candidato por terem vínculos leais com o mesmo. Isto é, esse voto é estimulado por um compromisso entre os envolvidos, por uma amizade ou parentesco. Exemplifica-se com frases como: “sou seu amigo, votarei em ti”, ou então, “lembro-me que me fez um favor, votarei em ti” e até mesmo “é meu primo, tenho mais é que votar nele”. O que - muito embora beire o absurdo – é até compreensível tendo em vista que vivemos em uma nação coletivista, onde todos têm laços com todos.

E por ultimo, temos aqueles que compõem o subgrupo irresponsável – não que o anterior não seja. Esses visam com o voto, transferir, delegar a outros, responsabilidades para não ter que se preocupar com as mesmas. É desse grupo que surge a frase: “a culpa é de terceiro!” ou a mais conhecida, “a culpa é dos políticos!”

Há de perceber-se que toda essa divisão feita ao analisar um processo eleitoral na universidade, pode ser aplicada até mesmo na eleição a nível nacional, ou seja, desde a escolha de um deputado à de um presidente. Por exemplo: a mãe que vota no candidato da filha, a filha no do marido, o marido no do amigo que é amigo do candidato. E por aí se origina um ciclo de votos, fundamentados em relações pessoais, que caracterizam o segundo grupo e que caminham longe da consciência e perto da ignorância.

Tudo isso diz respeito, é evidente, a apenas alguns dos motivos que levam o individuo a votar, a exercer seu direito político. Não pretendo, ao exibi-los, formular proposições acerca do voto, das eleições, dos eleitores. Minha pretensão está em constatar que o individuo, como um ser votante, ainda se apresenta como um embrião - afirmação, felizmente sujeita a exceções.

Por fim, respondo ao titulo: Por enquanto, nada. Acredito que o ideal seria que a escolha eleitoral não fosse egoísta, não fosse sentimentalista. Já vimos que desse jeito as coisas não funcionam. É chegada a hora de perceber que estamos caminhando em direção ao nada. Agora, se é possível mudar isso, é um outro questionamento a ser pensado.

Influência da Informação

Começar a escrever um texto nem sempre é uma coisa muito fácil, ainda mais quando não se sabe o público que lerá, mas o melhor de tudo é expressar suas idéias, e deixar que o "mundo" conheça sua opinião. Nós os 7 acadêmicos caminhamos para isso, divulgar o pouco conhecimento que adquirimos, e absorver o conhecimento que nos pode ser dado.

Fato evidente é que cada um terá um estilo diferente de expor seus pensamentos, atingindo assim um público também diferente. E o meu primeiro post será sobre algo que nós comunicólogos hoje entendemos como sinônimo de grande importância para evolução humana: a Influência da Informação nas nossas vidas. Percebe-se que cada vez mais a informação vem nos atingindo, e isso pode ser relativamente bom, e relativamente ruim, o homem através dos tempos vem criando várias formas de informação, superando as maiores distâncias, minimizando os freqüentes erros e facilitando o acesso do mesmo a todas as pessoas. (será mesmo que a todas as pessoas?)

Alguns perguntam qual é o preço de toda essa informação, e se realmente são todas as classes que possuem acessibilidade a ela. Infelizmente não podemos dizer que são "todos", porque até hoje muitos não conhecem o computador, não conhecem a mágica que é a Internet, e nem são informados sobre o que acontece no mundo, falta de interesse de alguns, e realmente uma pobreza de outros.

A Informação hoje é instantânea; é de se refletir: como pode ser tão rápida? Do outro lado do mundo acontece algo, sabemos no mesmo instante aqui com apenas um click em algum hiperlink, e mais espantoso ainda é parar para pensar que tudo isso está em uma constante evolução, e até onde a informação vai, difícil imaginar a infinidade de coisas que ainda estão por vir, as coisas que nossos próprios netos verão.

Um pequeno recado:O Blog abre espaço para que os nossos leitores postem suas opiniões, que debatam o assunto tratado, para que Blogueiros e Leitores possam interagir e discutir assuntos importantes, que os leitores exponham suas críticas, e que nos disesse sobre o que gostariam que escrevêssemos.
É de suma importância para nós ouvir os pós e os contras. Fiquem a vontade, porque a Boca é Nossa!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Na quinta, um apelo: abrir a boca é preciso!

Tive a sorte de ser convidado para participar deste blog, o que talvez contribua para reduzir o espanto de começar escrever "ao mundo" semanalmente. Há quem diga que abrir a boca é um ato relativamente fácil (ainda mais se considerarmos o distanciamento entre quem escreve e quem lê, como nos blogs), e eu digo que se nem sempre é fácil falar de maneira responsável, abrir a boca é um ato necessário.

Nossos sentidos são inundados de informação e, muito embora pensemos saber tudo o que se passa, não raro o mais importante passa desapercebido. Uma vez acomodados, ficamos repletos de notícias como verdadeiros arquivos ambulantes, e nem sempre temos oportunidade (ou mesmo tempo) para debater o que é informado e pensar em seus possíveis significados ou desdobramentos.

Assim, é necessário adotar uma outra postura. Para nós que desejamos de algum modo interagir com o mundo, precisamos sair do nosso "conforto interior", refletir sobre o que acontece e debater os fatos como nos são apresentados, sob risco de deixarmos pouco a pouco de pensar e de agir: somos apenas espectadores de uma realidade que acontece distante de nós? Não, pelo contrário, somos todos informadores (e não me dirijo aqui apenas aos futuros jornalistas). Do convívio em família, passando por nossas amizades e pelos diversos ambientes que freqüentamos, estamos sempre, de um modo ou de outro (consciente ou inconscientemente), informando algo.

Assim, como ler os fatos a partir dos meios de comunicação, formular a própria opinião e debater as idéias para se tornar um informador mais responsável (não um mero repetidor de notícias)? Em linhas gerais, poderíamos dizer que bastaria procurar informação em mais de uma fonte e buscar espaço para debatê-la. E é nesse ponto que o blog surge como opção, já bem explorada por meios de comunicação em suas versões on-line. Sem falsas pretensões, este é o espaço que desejo construir com a ajuda de todos na elaboração e discussão dos temas.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Que identidades são essas?

Novos casos estarrecem as populações do chamado “mundo normal”.
Identidades contundentes como a do pai que estupra e aprisiona por longa data a própria filha, tendo filhos com a mesma e impedindo essas criaturas de conhecerem a luz do sol. Como a da mãe que por 20 anos mantém congelados seus três filhos recém-nascidos; ou até mesmo, da probabilidade do próprio pai ter lançado pela janela do apartamento a própria filha.
Que identidades são essas? Que cargas genéticas, sociais e culturais carregam elementos dessa estirpe? Questões como essas hoje sondam as mentes de vários indivíduos. Todos querem compreender a insignificância a qual se reduz a vida humana para os autores de tamanhas crueldades.
Da premissa acima, surge outra dúvida: “o que é crueldade para um homicida?”. Alguns justificam o ato com a sua antítese: o amor.
Teria, então, o amor um lado mal? Será possível enxergar o extermínio ou a escravidão de quem se ama como algo benevolente?
As indagações se multiplicam e o remédio é buscar, cada qual dentro de si, um sentido para o que não tem sentido.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Na segunda, um convite.

O que se pode fazer em uma semana? Um espaço de tempo limitado, é inegável. Por exemplo: sete dias não são suficientes para construir um relacionamento amoroso e de total confiança com um individuo. Assim como também, aprender mandarim. Contudo, são das partes que a compõem que se originam o mês e o ano, que se tornarão passado e que serão os responsáveis por você se tornar uma pessoa mais experiente do que era antes. É por isso que se faz verdadeiro o clichê de que devemos transformar cada dia da semana em um dia de aprendizado. Até mesmo as segundas-feiras.

Notamos que as formas como nos comunicam as coisas, cada dia que passa, se tornam mais semelhantes. Assim, não tem como a maioria evitar julgar a leitura de informações, parte do aprendizado, como algo enfadonho e chato. Geralmente o leitor que com estes termos caracteriza a leitura é uma pessoa automática, incapaz de identificar a essência de um texto e que não ler com mais profundidade o que lhe é apresentado. Dessa forma, torna-se mais fácil o papel de alienar que a mídia vem exercendo, que se apresenta como uma corrente contra o aprender.

Não que não haja bons leitores, eles existem. Porém, cada vez menos os textos jornalísticos (para não falar jornalismo), nos estimulam a pesquisar sobre o que nos expõem. Limitam-se, se julgam realidade singular, se tornam modeladores. Não é a toa que consumidos cada vez mais e nos sentimos mais objetivos, mais máquinas. Contra isso, afirmo com veemência, que um texto, quando bem lido e composto, nos torna um individuo realmente mais informado, critico e que não acredita em tudo que nos mandam. Faz-nos ser o que somos: um organismo vivo - não maquinado; perceber que podemos sim, ter prazer na leitura; crer, que não somos ignorantes e que nossa inteligência, merece respeito.

Por vários motivos, convido todos, às todas as segundas-feiras virem me visitar e lerem minhas publicações. Com elas, não pretendo mudar o mundo, mas fazer um jornalismo mais verdadeiro e menos grosseiro e da leitura na segunda, uma necessidade prazerosa. Não prometo imparcialidade - é mera utopia -, mas afirmo tentar com força, tecer textos que ficarão embutidos em suas mentes (mesmo que com suas idéias não concordem) e não aqueles que lhe farão esquece-lo na primeira oportunidade que surgir.

domingo, 4 de maio de 2008

Bem vindos!

Com entusiasmo e expectativa concretizamos hoje uma idéia e um desejo que guardamos por tempos: o blog boca nossa.

Almejamos, além de uma interação com respeito, a construção de um espaço que sirva para a formação e amadurecimento de idéias. Possuindo o falso direito da liberdade de expressão, queremos falar, opinar, criticar e discordar. Exercer a arte de formar opinião com fundamentos e responsabilidade.

Somos sete acadêmicos, sete futuros jornalistas. As opiniões podem, por vezes, apresentarem-se diferentes, mas a finalidade continua sendo a mesma supracitada. Salientamos ainda, que tanto como nosso, este espaço é seu, assim, use-o a vontade e opine sempre que achar necessário (quando não também). Contamos sua participação e seu acesso.

No mais, até breve!

Artigos

Fim dos empregos - Luiza Maria de Castro

E-Books

Segue a lista de E-books recomendados, disponíveis para download!

-- a c e r v o --
Friedrich Engels
Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem

Ralph Emerson
Caráter

 
template alterada, original aqui.