quinta-feira, 29 de maio de 2008

O quão verdadeiro consigo mesmo você quer ser?

Resolvi escrever minha primeira matéria no blog sobre algo que inúmeras vezes fazemos questão de ignorar: o quão verdadeiros somos com nós mesmos. Sei que parece estranho, mas quantas vezes você já parou para pensar se aquilo que você defende, acredita ou simplesmente tem certa concepção não é algo ao qual você atribuiu características, distorceu para que esse “algo” ganhasse a forma e sentido que hoje tem? E qual é o impacto dessa “distorção” em sua vida?

Não estou falando do mito da caverna de Platão, a qual as questões acima certamente nos remetem. Estou falando de adaptações. Muitas vezes, nós mesmos criamos um mundo particular, e tudo ao nosso redor fica submetida a essa óptica. Mas, não é possível resumir algo tão complexo ao nível pessoal, sofremos também influência do meio, do social, da mídia, que diariamente nos apresenta a uma realidade fictícia e construída a partir do sistema. Criamos o universo pessoal como forma de fuga de nossas angustias e sofrimentos. E o universo social nos é imposto, sendo algo coercitivo.

A realidade fica assim submetida a esses dois níveis de “molde”, portanto, a visão que temos do real é desvirtuada, como quando olhamos em um espelho embaçado.

Não estou querendo dizer que sempre que maquiamos a realidade, isso nos faz mal. Como já disse Clarke “Se nossos sonhos não fossem maiores do que nossa realidade certamente que ainda estaríamos vivendo em cavernas”. Porém, até que ponto essa “verdade criada” não nos torna escravos? Não nos torna submissos e cegos? E se um dia acordássemos e fossemos obrigados a repensar todos os nossos conceitos, como na obra de Clarice Lispector, A maçã no escuro? Será que nossas vidas pré-moldadas se tornariam melhores?

Deixo a sugestão aos leitores: analisem suas vidas e reflitam se talvez não valha a pena desfrutar da realidade tal como é, nua e crua.

Colaboraram: Camila Komatsuzaki e sua mãe.

4 comentários:

Jefferson Barbosa disse...

Percebo por vezes que as vezes eu não sou quem eu quero ser. E o texto me levou a refletir sobre isso me rementendo a complexidade acerca das varias identidades que temos. As vezes assumindo papeis, tendo concepções mesmo que não suas é uma questão de identidade. Uma questão de ser quem nos pedem pra ser e que somos porque temos que sobreviver neste mundo.

Anônimo disse...

Oi!
Que lindo este blog. Acho vou ler todo os dias, assim posso tambem melhorar o idioma.

Vi que voce collocou um commentario no blog do meu amigo motoqueiro (eu sou aquele na foto com a moto) e acho coincidenca muito estranha que eu gosto muito do brasil! Como conheceu este blog?

Desculpe pelo portugues fraco.

Andrea (Roma)

Anônimo disse...

Holá Andrea,
Me descule mas perdi o endereço de vocês (blog), caso acesse esse blog novamente agradeceria se deixasse alguma forma de entrar em contato com você.
Ha, e conheci o blog por mero acaso. Clicando em "próximo blog" no cabeçalho da página.

Abraços!

Anônimo disse...

Oi!

o meu endereco e' toroandrea@hotmail.com

pode me escrever a vontade!

Ate' breve

Andrea

 
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