quinta-feira, 26 de junho de 2008

Olha aí!

Às vezes é preciso dar um tempo, ou melhor, dar-se um tempo.
A rotina, com suas constantes exigências, se torna a cada dia, mais exaustiva. As baterias da mente e do corpo aos poucos são descarregadas.

A dedicação a um monte de obrigações usurpa o tempo a ser dedicado ao próprio umbigo. Ocorre então um processo que ora denomino “auto-esquecimento”. Isso mesmo. Em meio a tantas coisas nos esquecemos de nós mesmos.

Fica a revelia a necessidade de rir; de ir ao cinema; de ler um bom romance; de gritar feitos loucos no show de rock in roll; de falar besteira; de curtir a paixão num local inusitado; de ver o sol se pôr; de ir ao salão cuidar do visual; de praticar um esporte radical; de conversar com os amigos relembrando bons momentos; de tomar sorvete na pracinha; de roubar fruta no lote do vizinho; de improvisar uma sessão de piadas; enfim, de fazer coisas que recarreguem as baterias desgastadas e fracas.

Olha ai! Temos que decretar nossa liberdade em função até mesmo da continuidade do exercício da rotina e da busca própria necessidade de tornar melhor a existência.

Olha aí! Fico feliz que este texto esteja sendo lido. Isso pode ser um indicio de libertação, visto que quem procura esse blog, via de regra, foge da rotina e se da um tempo para curtir algumas idéias que, de repente, pode ser interessante e propiciar algum prazer.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Grita de dor a Serra do Carmo

Chegou a “época das queimadas”. Coisa feia de se dizer, não é mesmo? Infelizmente, porém, essa assertiva retrata a realidade em diversas regiões do Brasil, especialmente no Tocantins e em sua capital.

É época de São João e não apenas toras de madeiras secas amontoadas são incineradas, mas grandes áreas verdes. Queima a Serra do Carmo – cartão postal de Palmas.

São diversas as justificativas daqueles que, em sua maioria, ocasionam com suas tochas, as nuvens de fumaça que escondem o luar, dentre elas, a necessidade de devastar a vegetação para manuseio da terra no preparo para a agricultura com o menor custo possível.

Alguns poucos fazem, com o mínimo de consciência que lhes resta, os chamados aceiros que impendem que as chamas se alastrem para além dos limites necessários. Outros não. E a nebulosidade invade a Serra do Carmo...

Dessa forma a natureza é agredida. É invadida pela vontade egoísta dos humanos de buscar para si o que julga mais fácil de ser adquirido: animais são expulsos de seu habitat natural; nascentes são poluídas; árvores que levaram dezenas de anos para de formar se transformam em carvão; o efeito estufa se acelera e o ar se torna pesado.

Mal percebe o ser humano ser ele mesmo o responsável pelo pagamento desta alta conta. Os hospitais lotam com crianças com dificuldades respiratórias; o calor sufoca; insetos, répteis e felinos invadem o meio urbano causando pânico; a água precisa ser fracionada e os olhos ardentes e lacrimejantes não enxergam a Serra do Carmo.

O combate a esse crime parece ineficaz embora existam vários combatentes. O bicho homem, pseudo “ser racional”, não se atenta e ignora as súplicas e avisos da natureza. Quando acende o fósforo da sua soberba e apaga a possibilidade de equilíbrio no meio ambiente que padece.

A Serra do Carmo pede socorro.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

João e Maria

Tempo que não passa;
Horas perdidas em vão;
O que fazer nesses momentos sem seu sorriso?
Sem seu sorriso Maria, sem seu sorriso João!
Silêncio inútil, olhar expressivo;
Será que falar ainda é preciso?
João está calado...
Maria também!
Fuga improvisada...
João não falou e Maria também não disse nada...
Fugiram os dois uma noite depois!
Maria queria sentir os cabelos ao vento;
E João, João queria tempo!
Tempo para amar, tempo para cantar, para pensar...
Tempo para sonhar!
Depois da fuga a realidade...
Maria tinha suas vaidades!
Um espelho, um espelho para se olhar...
Mas João não percebe...
Está inerte na imensidão do mar
Maria sofre calada.
Para ela não basta só o amor
São tantas coisas com as quais sonhou
A decepção a consome
Seus doces e ilusórios sonhos são maiores
Sofre, chora, o amor se acaba e João...
Ah João! João continua a olhar o céu, o mar.
Não percebe o dia em que Maria começa a definhar
Maria padece e João não compreende
Maria morre!
João definitivamente não entende...
“Ela era Eu”
E simplismente Maria morreu!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Aos apaixonados por leitura

Drummond de Andrade, Érico Veríssimo, Dan Brown, Clarice Lispector, Agatha Christie, Fiodor Dostoievski... Todos esses escritores são fascinantes, mas nem todas as pessoas têm acesso às suas obras. Foi pensando nisso que surgiu nos Estados Unidos o projeto chamado “BookCrossing” ou Troca de livros em português.

O projeto tem como idéia inicial, que quando compramos livros (principalmente de literatura), após lê-los os deixamos guardados, parados. O que o projeto propõe é que haja uma troca livre. Os livros deverem ser deixados em lugares públicos para que outras pessoas passem, peguem o livro, leiam e façam o mesmo, sem tempo de devolução e nem local.

Para isso foi criado o site BookCrossing no qual a pessoa se cadastra, recebe um número de identificação que é colado ao livro e o "solta" com uma etiqueta: "Livro livre" e um bilhete com a explicação do que se trata o projeto pedindo para que as pessoas entrem no site e informem o destino do livro.

Nos Estados Unidos existem inúmeros pontos de troca e em São Paulo o projeto começa a se disseminar. No Brasil são 3.700 trocadores de livros oficiais, sendo que 1.600 são de São Paulo e mais de 4.500.00 livros registrados no mundo todo.

Se você gostou da idéia, acesse o site, cadastre-se e coloque seus livros para “girar”. Como já disse Mário Quintana: “De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente.” Que tal dar a oportunidade à outras pessoas de ler esses três livros?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Hora de usar a cabeça

Em breve, muito em breve, entraremos no período eleitoral. Poderemos então exercer, através do voto, a tão sonhada, idealizada e comentada cidadania.

Rostos simpáticos e bonachões se apresentarão através dos diversos meios de comunicação, fazendo profecias sobre a possibilidade acentuada de melhoria na nossa condição de vida, seja no mundo, no estado ou no município, a partir do momento em que poderem nos representar junto às assembléias e câmaras.

Como não acreditar em pessoas de tão boas intenções? Pessoas que mal sabem da nossa realidade enquanto povo, mas que, durante um período especifico, no abraçam nas ruas e se “interessam” pelas nossas necessidades. Se “importam”.

Como duvidar daqueles que durante a apresentação em palanques mostram toda uma empolgação em resolver todos os problemas que aflige a humanidade? A fome, a miséria, a educação, o preconceito, a violência...

É verdade. A retórica consistente dos políticos consegue persuadir e envolver. Direcionam-se às fragilidades mais aparentes do ser humano, dentre estas o senso critico.

Fiquemos atentos então. É hora de usar a cabeça. Buscar biografias verdadeiras para fazer a opção. Entender o funcionamento e a perspicácia das mentes daqueles que se põem a nosso inteiro dispor, na luta pelo fazer valer direitos.

É hora de pensar, analisar e agir com consciência social e responsabilidade.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nós, egoistas!

Por que a maioria das pessoas se ofende quando alguém a classifica como egocêntrica ou egoísta? Qual é o problema em assumir que sim, somos uma espécie extremamente egoísta? Afinal, é graças ao egoísmo e ao egocentrismo que firmamos relações sociais, nos defendemos e até os deuses (em sua maioria) são projeções de nós mesmos, com alguns retoques é claro.

Disfarçamos o quanto somos egoístas em frases como: “gosto de você porque você é engraçado”. Na realidade, gostamos dos outros porque eles nos trazem satisfação. Somos tão egoístas que queremos que os outros estejam bem para que nós fiquemos bem. Vivemos em busca do prazer, da felicidade, e os “outros” é que nos proporcionam isso na maioria dos casos.

Nos agrupamos em sociedade para garantir a própria sobrevivência e subsistência. Protegemos nossos familiares por instinto, pois eles possuem grande parte dos nossos genes e recentes pesquisas demonstram que a primeira impressão é baseada em quão parecido fisicamente conosco o outro é. Sendo assim, confiamos em quem se parece mais com nós mesmos.

Entretanto, é necessário distinguir o egoísmo do narcisismo (o famoso eu me amo), não projetar no outro que é “parecido” conosco as nossas características e não continuar rotulando o egoísmo como algo “do mal” com base em ultrapassados dogmas religiosos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um pouquinho de cada coisa

Hoje confesso que estava meio perdida quanto a que assunto abordar. Pensei inicialmente em falar sobre a preguiça que observo nos educadores atuais ao desenvolver seus conteúdos, fazendo com que, em seminários um tanto quanto cansativos, os alunos profiram os conteúdos. Não que eu considere tais trabalhos improdutivos, muito pelo contrário, forçam o educando a ler, mas como o próprio nome diz, são educandos, e quem garante que o que esta criatura transmite foi interpretado da forma correta?

Pensei depois em discorrer sobre a necessidade do silêncio e o quão difícil é encontrá-lo. A poluição sonora irrompe os tímpanos sem sequer pedir licença, sendo um dos fatores que hoje causam a estereotipada doença denominada “estresse”.

Sugeriram-me então que escrevesse sobre a importância de opinar. Tema que, se bem discutido, pode até gerar polêmicas porque, da mesma forma que opinar é importante, também o é saber o modo e o momento certo de fazê-lo ou até mesmo de não fazê-lo, valorando também a importância do saber calar.

Pessoalmente considero que para opinar é necessário o uso de muita cautela e uma apurada audição para que o assunto ou temática não perca a devida sintonia. Da mesma forma, não acho nada interessante a postura daqueles que raramente se manifestam, como dizem por ai, “em cima do muro”, agindo com ambigüidade como se com tudo concordasse ou discordasse. Esses não prezam suas próprias opiniões e, não hesito em dizer, desta forma se posicionam talvez, exatamente, pela pequenez de suas mentes definhadas pela ausência de senso critico.

Na dúvida sobre o que discorrer, contribuo, no momento, com esses três fragmentos de idéias que, posteriormente, pretendo desenvolver com mais detalhamento e especificidade.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Três em duas características para a humanidade

A despeito de inúmeras características para a humanidade as que hoje me parecem mais universais e menos efêmeras é que ela é enigmática e contraditória. Sócrates, Hobbes, Rousseau e diversos outros pensadores viram isso. Todos apontam, com outras palavras, para a inabilidade da própria responder: como pode o homem, um ser que nasce livre, viver sua vida, como escravo? - um enigma!

Sócrates é conhecido pelos seus questionamentos amplos, nos provando que mais importante do que saber a resposta é saber qual a questão correta a ser respondida. E é ai que somos levados a pensar que para a questão supracitada talvez não haja resposta porque na verdade a pergunta correta não seja essa. Então qual seria?

Como descobrir o porquê do homem viver sendo lobo de si mesmo, escravo de si próprio? Aí incluindo trabalho, família, ideologias, desejos, padrões. Vemos ainda que é aqui que se encontra a contradição da humanidade. Seres da mesma espécie que por se tratar de um questionamento a seu próprio respeito não se encontram em condições de respondê-lo.

Além disso, o homem se mostra contraditório até em suas próprias doutrinas, quando diz elabora-las para o bem quando na verdade servem para escravizá-lo ainda mais. Foram doutrinas que levaram pessoas a guerras, sofrimentos, tormentos, assassinatos, perseguições. Foram suas próprias ideologias que bipolarizaram o mundo por um considerável período e ainda hoje o faz, não sobre forma bipolar, mas multi.

E tudo isso parece convergir pra uma única evidência: o homem não sabe sobre si e assim não se reconhece como verdadeiramente é: um ignorante. Ele não sabe o que fazer para acabar com as guerras quando parece tão óbvia a solução; não sabe como deixar de ser um ser automático quando na verdade é um ser orgânico.

A humanidade parece incapaz de agradar a si mesma e penso que seja porque ela não sabe o que realmente quer.

E assim se mostra coerente o que Reich disse: “Para onde quer que olhemos, vemos o homem a correr em círculos, como se, preso numa armadilha, tentasse em vão escapar da sua prisão e do seu desespero.” Isso porque ele nem se quer tem conhecimento de que está preso. E assim, não sabe que deve escapar.

domingo, 1 de junho de 2008

Por trás da cultura milenar...

Há alguns dias atrás estive lendo uma matéria sobre a China, o título me chamou a atenção: "Você ainda vai sentir saudades dos E.U.A". Por qual motivo esse título?

Acho a China um país intrigante, curioso e talvez um dos mais interessantes. A Dinastia antiga, a culinária, educação e até mesmo o zodíaco chinês são coisas fascinantes.
A China percorreu um longo caminho na história, não é a toa que é uma das civilizações mais antigas do mundo, e hoje é um país que está crescendo na sua economia sendo denominado o país do futuro, ou melhor a China já é o país do presente! E o lema do ex-líder chinês (Deng Xiaoping) "Esconda sua capacidade, espere a oportunidade" parece estar dando certo, a oportunidade enfim apareceu. Porém a China não parece estar querendo entrar com o pé direito para a história moderna, escondendo seus reais objetivos e não importando com as consequências do que fazem.

E fica a incógnita de como será a futura liderança da China. O que causa dúvidas, pelas suas prioridades internacionais, onde uma delas é suprir suas enormes necessidades energéticas ou seja, a China está em busca de minério, ferro, óleo e madeira, e é nessa busca que a China se mancha, por não se preocupar com os mínimos detalhes, detalhes como Aquecimento Global, poluição ou resumindo "meio-ambiente". Claro que a China é um país grande, 'e faz jus' de ter também o segundo posto de maior emissor de gases poluentes, perdendo apenas para os E.U.A. A China bloqueava até as interveções internacionais no Genocídio que acontecia no Sudão, "Por que"? Eis a pergunta, O Sudão é sede do maior investimento em petróleo que Pequim fez no exterior.

Infelizmente isso deixa dúvidas nas cabeças de quem se preocupa com assuntos internacionais, porque querendo ou não tudo interfere aqui, "do outro lado do mundo", e se a China nos moldar sua imagem e semelhança?
Porque as grandes potências têm dinheiro e força para fazerem valer seus valores, tenho certeza de que não queremos enriquecer a qualquer custo. Mas talvez as coisas mudem, porque um país para atuar como líder no cenário mundial, tem como dever também trazer grandes melhorias ou pelo menos idéias.

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