Responda agora: em quem você votou? Pode ser para representante de turma, sindico do prédio, melhor professor do ano, C.A da universidade, enfim. Difícil? Entre todos, alguns não saberão responder, outros dirão que não votaram em ninguém, que o voto era facultativo. Mas isso, sem nem sequer analisar as propostas dos “partidos” envolvidos. E é justamente por esse motivo, que infelizmente sou obrigado a reconhecer que a nossa perspectiva de futuro não tem base.
Noto isso dentro da própria universidade, motivo de algum desencanto meu, em que grande parte deixa de exercer seu direito ao voto na escolha do reitor, ou até mesmo da coordenação do seu curso. Preferem não se dar o trabalho de votar, a votar nulo. Por outro lado, entretanto, há os que votam. Esses se apresentando como um grupo, que de sua totalidade, pode-se abstrair vários outros subgrupos, dispostos assim, pelo motivo que são levados a votar.
Ao primeiro subgrupo, dar-se os que votam conscientemente – mesmo que nulo; os que votam porque vêem necessidade e tem suas decisões tomadas com base em certos critérios de valor. Desses, nada mais há de ser dito, a não ser que são raros e benevolentes para o grupo social a que pertencem.
No segundo, inserem-se aqueles aderem a um candidato por terem vínculos leais com o mesmo. Isto é, esse voto é estimulado por um compromisso entre os envolvidos, por uma amizade ou parentesco. Exemplifica-se com frases como: “sou seu amigo, votarei em ti”, ou então, “lembro-me que me fez um favor, votarei em ti” e até mesmo “é meu primo, tenho mais é que votar nele”. O que - muito embora beire o absurdo – é até compreensível tendo em vista que vivemos em uma nação coletivista, onde todos têm laços com todos.
E por ultimo, temos aqueles que compõem o subgrupo irresponsável – não que o anterior não seja. Esses visam com o voto, transferir, delegar a outros, responsabilidades para não ter que se preocupar com as mesmas. É desse grupo que surge a frase: “a culpa é de terceiro!” ou a mais conhecida, “a culpa é dos políticos!”
Há de perceber-se que toda essa divisão feita ao analisar um processo eleitoral na universidade, pode ser aplicada até mesmo na eleição a nível nacional, ou seja, desde a escolha de um deputado à de um presidente. Por exemplo: a mãe que vota no candidato da filha, a filha no do marido, o marido no do amigo que é amigo do candidato. E por aí se origina um ciclo de votos, fundamentados em relações pessoais, que caracterizam o segundo grupo e que caminham longe da consciência e perto da ignorância.
Tudo isso diz respeito, é evidente, a apenas alguns dos motivos que levam o individuo a votar, a exercer seu direito político. Não pretendo, ao exibi-los, formular proposições acerca do voto, das eleições, dos eleitores. Minha pretensão está em constatar que o individuo, como um ser votante, ainda se apresenta como um embrião - afirmação, felizmente sujeita a exceções.
Por fim, respondo ao titulo: Por enquanto, nada. Acredito que o ideal seria que a escolha eleitoral não fosse egoísta, não fosse sentimentalista. Já vimos que desse jeito as coisas não funcionam. É chegada a hora de perceber que estamos caminhando em direção ao nada. Agora, se é possível mudar isso, é um outro questionamento a ser pensado.
Noto isso dentro da própria universidade, motivo de algum desencanto meu, em que grande parte deixa de exercer seu direito ao voto na escolha do reitor, ou até mesmo da coordenação do seu curso. Preferem não se dar o trabalho de votar, a votar nulo. Por outro lado, entretanto, há os que votam. Esses se apresentando como um grupo, que de sua totalidade, pode-se abstrair vários outros subgrupos, dispostos assim, pelo motivo que são levados a votar.
Ao primeiro subgrupo, dar-se os que votam conscientemente – mesmo que nulo; os que votam porque vêem necessidade e tem suas decisões tomadas com base em certos critérios de valor. Desses, nada mais há de ser dito, a não ser que são raros e benevolentes para o grupo social a que pertencem.
No segundo, inserem-se aqueles aderem a um candidato por terem vínculos leais com o mesmo. Isto é, esse voto é estimulado por um compromisso entre os envolvidos, por uma amizade ou parentesco. Exemplifica-se com frases como: “sou seu amigo, votarei em ti”, ou então, “lembro-me que me fez um favor, votarei em ti” e até mesmo “é meu primo, tenho mais é que votar nele”. O que - muito embora beire o absurdo – é até compreensível tendo em vista que vivemos em uma nação coletivista, onde todos têm laços com todos.
E por ultimo, temos aqueles que compõem o subgrupo irresponsável – não que o anterior não seja. Esses visam com o voto, transferir, delegar a outros, responsabilidades para não ter que se preocupar com as mesmas. É desse grupo que surge a frase: “a culpa é de terceiro!” ou a mais conhecida, “a culpa é dos políticos!”
Há de perceber-se que toda essa divisão feita ao analisar um processo eleitoral na universidade, pode ser aplicada até mesmo na eleição a nível nacional, ou seja, desde a escolha de um deputado à de um presidente. Por exemplo: a mãe que vota no candidato da filha, a filha no do marido, o marido no do amigo que é amigo do candidato. E por aí se origina um ciclo de votos, fundamentados em relações pessoais, que caracterizam o segundo grupo e que caminham longe da consciência e perto da ignorância.
Tudo isso diz respeito, é evidente, a apenas alguns dos motivos que levam o individuo a votar, a exercer seu direito político. Não pretendo, ao exibi-los, formular proposições acerca do voto, das eleições, dos eleitores. Minha pretensão está em constatar que o individuo, como um ser votante, ainda se apresenta como um embrião - afirmação, felizmente sujeita a exceções.
Por fim, respondo ao titulo: Por enquanto, nada. Acredito que o ideal seria que a escolha eleitoral não fosse egoísta, não fosse sentimentalista. Já vimos que desse jeito as coisas não funcionam. É chegada a hora de perceber que estamos caminhando em direção ao nada. Agora, se é possível mudar isso, é um outro questionamento a ser pensado.
16 comentários:
VOTO É ALGO TÃO IMPORTANTE.
PENA QUE NEM TODO MUNDO TENHA ESSA OPINIÃO.
E dificil realmente que as pessoas lembrem em quem votaram pois não há nenhuma preocupação em saber nada do candidato, vi uma comoção e um envolvimento enorme por parte da população com o caso Isabela, certissimo ate por ser algo tão absurdo, mas acho q o pais seria melhor se houvesse essa comoção com escandalos politicos tambem...
Eu ainda não tenho idade para votar, mas realmente, uns não estão nem aí se votaram nulo ou não, o que me estressa é quem vota nulo e depois reclama do eleito --'
Mas... Mudar isso é quase impossivel
a verdade é que as pessoas não tem noção real da importância do voto
colocam os seus interesses imediatos a frente dos interesses da coletividade
voto não é mercadoria, não é favor
voto é a nossa arma para melhoria do nosso país...
Lembro muito bem em quem votei...
Voto nulo consciente, isso não existe, é a marca do rebelde sem causa, se é pra anular não vota...
Infelizmente CA's e DCE's só estão preocupados em carteira de estudante e festinha, são infelizmente hoje meio de formar políticos corruptíveis...
Fugir do sentimentalismo é impossível, não sei nem se seria sentimentalismo, acho que é mais referencial, afinal você precisa conhecer de alguma forma a pessoa que tará teu voto.
Infelizmente ainda muitas pessoas votam por achar um candidato simpatico ou coisas do tipo, menos pelo que ele pode fazer. Eu lembro sempre, procuro saber o que meu candidato fez e nao fez, e tudo mais, pena que falta muito para todos pensarem assim
Ricardo, você é a personificação do pensamento brasileiro. "Se é pra votar nulo, não vota". Em primeiro lugar: votar nulo é uma forma de você demonstrar a insuficiencia dos candidatos e "dizer" que nenhum dos, lhe agradou. Em segundo, faço uma sugestão: procure se informar mais sobre como agir quando nenhum do canditados lhe agrada, assim, você perceberá que voto nulo consciente existe. E mais uma coisa: evite julgamentos superficiais, isso é não é honesto.
No mais, volte sempre ;)
Acho que o erro em relação ao voto começa nas pequenas coisas, semana passada passou uma "Comissão" na minha sala da faculdade pra eleição do diretório acadêmico, todos deveriam votar, mas como votar se as chapas não apareceram na sala do meuc curso falando as propostas e tal, votar pelo menos mais bonito? A depois fiquei sabendo que a chapa que ganhou tinha como principal objetivo a compra de novos tacos pra jogar sinuca.
Ninguém consegue entender a verdadeira importância do voto, vendem seus votos em troca de pequenos (mt pequenos) valores, até compreensível com toda essa miséria que vivemos.
É nescessário a consciência para que não haja reclamações posteriores...
Abraço parabéns pelo blog!
www.blogbyvinny.blogspot.com
o voto é importantissimo, votar nulo é o mesmo que pegar a dignidade e jogar na lata do lixo!
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http://vivianesobral.zip.net
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Infelizmente a política é tratada assim, com esta fé cega de um adepto de uma religião fundamentalista ou como a de um torcedor fanático de um time que, nesmo que não valha a pena, a pessoa torce. Também é raro ver um senso crítico palatável por parte dos que votam nulo. Creio que estas pessoas precisam de um RESET EDUCACIONAL URGENTE nas suas noções de política.
Ótimo blog este. E o interessante é que tem a mesma "idéia" de formar uma trupe de estudantes de comunicação, como o meu, hehe.
Abraços à todos!
Você tá questionando o sistema eleitoral brasileiro ou o processo de votação em geral? Porque existe um abismo meio que intransponível para qualquer argumentação lógica entre os dois :)
Eu só tenho uma objeção. O próprio ato de eleger representantes significa delegar poderes. Claro que nascemos numa sociedade que se organiza assim, e que é impossível em curto prazo mudar isso, mas não é à toa que as pessoas tem essa percepção heteronômica, elas são estimuladas.
Ótimo texto Jeff.
No meu ponto de vista as pessoas sempre vão agir com sentimentalismo, ou melhor alguns sim, outros não, mas sempre vai haver o sentimentalismo inserido nisso, o ser humano é assim e nada vai mudar, como você disse no seu texto anterior a imparcialidade é utopia, e o sentimento de alguma forma faz o sujeito ser parcial.
O principal nesse texto que me indigna e indigna a vc também, é que as pessoas deixam de exercer seus direitos, talvez por preguiça, ou por deixar tudo para última hora. E nós somos prova concreta de que um voto faz sim, muita diferença. Ótimo texto pra quem vota, para que não vota, e para quem irá votar! Vamos ter consciência, é nosso papel de cidadão, vamos dar mais valor ao nosso País!
Dellana
eu bolei uma nova camiseta pra eleiçao
e a camiseta voto
VOTO mar no Cú mais 4 anos
http://mundodepk.blogspot.com/
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